Espondiloartrites

Espondiloartrites

As Espondiloartropatias Soronegativas (Espondiloartrites) correspondem a um grupo de doenças que apresentam as seguintes manifestações clínicas em comum:
1. artrite, com preferência ao acometimento das articulações
sacroilíacas e da coluna vertebral;
2. pesquisa negativa para o fator reumatóide (FR: exame de sangue);
3. inflamação nos tendões e ligamentos que se ligam ao osso
(entesites);
4. marcador genético semelhante (HLA-B27);

Quais doenças fazem parte das Espondiloartrites ?

Fazem parte deste grupo de doenças:
Espondilite Anquilosante,
Espondiloartropatias Indiferenciadas (indivíduos que não desenvolvem a
doença completamente),
Artrite Reativa (associada a doenças infecciosas),
Artrite Psoriásica (associada à Psoríase),
Artrites enteropáticas (associadas à doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa, doença de Whipple, entre outras).

O que é a Espondilite Anquilosante (EA)?

A Espondilite Anquilosante é um tipo de reumatismo que causa inflamação principalmente na coluna vertebral e nas articulações sacroilíacas (articulações que ficam na região das nádegas).

Quem pode ter a Espondilite Anquilosante (EA)?

A “EA” manifesta-se mais freqüentemente no sexo masculino, sendo 4 a 5 vezes mais freqüentes nos homens que nas mulheres. Normalmente, os pacientes desenvolvem os primeiros sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta (17 aos 35 anos de idade). Filhos de pais com “EA” também tem maior chance de apresentar a doença no futuro.

Quais são as manifestações clínicas da Espondilite Anquilosante (EA)?

As manifestações da doença podem variar de somente um quadro de dores nas costas contínua e signifivativa (principalmente na região das nádegas, ou mais acima na região lombar), até uma doença mais grave e sistêmica, acometendo várias outras juntas, os olhos, coração, pulmões, medula espinhal e rins.

O surgimento das dores na coluna ocorre de modo lento e insidioso durante algumas semanas. No início, a “EA” costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Frequentemente observa-se que a dor melhora com exercícios e piora com repouso, sendo pior principalmente pela manhã. Alguns pacientes se sentem globalmente doentes, sentem-se cansados, perdem o apetite e também perdem peso. Geralmente essa dor está associada a uma sensação de enrijecimento na coluna (rigidez), com consequente dificuldade na mobilização.

Eventualmente, o paciente também pode apresentar dor na planta dos pés, principalmente ao se levantar da cama pela manhã. Posteriormente, a inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda.

Qual é o tratamento?

Não há cura definitiva para a gota. O tratamento visa diminuir a dor e inflamação nas crises agudas e a correção da hiperuricemia subjacente com o objetivo de prevenir episódios futuros e evitar lesões nas articulações. É necessário evitar os fatores desencadeantes ou que propiciam a formação de ácido úrico, além de um aumento na ingestão de líquidos para otimizar a taxa de fluxo urinário. A crise aguda de gota pode ser controlada com o uso de colchicina, antiinflamatórios ou a associação de ambos com alívio em geral após 2 horas da dose inicial. Essas medicações devem ser usadas sempre sob prescrição médica e com cautela em pacientes com insuficiência renal, hipertensão, ulceração péptica ou gastrite. Medicações com objetivo específico de diminuir os níveis de ácido úrico também devem ser iniciadas e mantidas a longo prazo, com o cuidado de se aguardar a resolução completa da crise aguda para o seu início. Quando a presença de tofos prejudica a função articular a retirada cirúrgica também pode ser indicada. É importante frisar que a gota não é uma doença incapacitante e quando tratada adequadamente não interfere na qualidade de vida.

Como é o tratamento das Espondiloartrites ?

O tratamento dessas condições têm avançado bastante recentemente.

Inicialmente é realizado com anti-inflamatórios. Algumas vezes, medicamentos biológicos especiais podem ser necessários. Esses medicamentos poderão ser apropriadamente prescritos pelo seu médico. Além das medicações, o tratamento fisioterápico é fundamental para a prevenção de deformidades.

Outros tratamentos

Lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão.

Gota

A gota é uma doença inflamatória que acomete sobretudo as articulações e ocorre quando a taxa de ácido úrico no sangue está em níveis acima do normal (hiperuricemia).

Fibromialgia

A fibromialgia (FM) é uma condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor.

Osteoartrite

Osteoartrite é o mesmo que osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa. No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de “reumatismos”, a osteoartrite é a mais frequente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia.

Artrite Reumatoide

Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.

Espondiloartrites

A Espondilite Anquilosante é um tipo de reumatismo que causa inflamação principalmente na coluna vertebral e nas articulações sacroilíacas (articulações que ficam na região das nádegas).